O Estandarte - Janeiro 2011
“O mercenário, que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo, abandona as ovelhas e foge; então, o lobo as arrebata e dispersa. O mercenário foge, porque é mercenário e não tem cuidado com as ovelhas” (Jo 10.12, 13).
Minha infância foi marcada por uma grande estabilidade no ministério pastoral da igreja de que participo até hoje. Meu pai, que é um ancião, sempre lembra que teve somente dois pastores ao longo de sua vida. Essa permanência tem muitas vantagens ao pastor e às ovelhas.
Para as ovelhas, o pastor torna-se uma referência de amizade em qualquer tempo. O relacionamento é mais amplo e alcança mais de uma geração. Elas podem ser acompanhadas desde o nascimento de um filho até a perda de um ente querido, passando pelos eventos de casamento, comemorações e muitos desafios ao longo da vida. As histórias não foram simplesmente relatadas por uma das partes, mas vivenciadas em conjunto. As ovelhas realmente passam a conhecer a voz do seu líder pastor.
Para o pastor, as ovelhas não são um rebanho estranho e imprevisível. A direção de Deus para seu rebanho pode ser aplicada sem pressa e sem pressão, pois não está com as malas prontas para ir cuidar de outro aprisco. O tempo também revela com mais precisão o caráter das pessoas que cuida. Aquela aparente santidade não é mascarada ao longo de muitos anos. Por outro lado, o semblante carrancudo não assusta mais, pois os anos mostraram um coração capaz de atos de justiça e piedade. O pastor realmente passa a conhecer a voz de suas ovelhas nos detalhes da tonalidade.
Mas é claro que nem tudo são flores. Os muitos anos no mesmo lugar podem acomodar ambos os lados e transformar tudo em uma relação superficial e sem efeito. Mesmo correndo o risco desse tipo de problema, é melhor que o atual modelo que vemos nas igrejas. Na maioria das igrejas, um pastor não fica mais do que três anos, o que impossibilita conhecer em profundidade as ovelhas e desenvolver um relacionamento sadio.
Mas o que mais me incomoda é a facilidade com que os pastores deixam seu rebanho em busca de alguma outra atividade que os satisfaça. A dificuldade de um pastor deixar seu rebanho deveria ser a mesma de um pai deixar sua casa. Mas parece que os vínculos do amor e de uma vida de aliança não têm se enraizado. Quer seja da parte do pastor ou das ovelhas, a conexão relacional não tem ultrapassado tapas nas costas, diálogos que não se aprofundam, interesses que não alcançaram o nível de altruísmo.
Certamente, um dos motivos é a perda da força da vocação ministerial. Outras demandas ocupam e desesperam o pastor. Seus números não aparecem como do pregador eletrônico; suas finanças não suprem as necessidades da família; suas expectativas ficam frustradas por não se tornar conhecido e reconhecido. Qualquer que tenha sido o motivo desse desvio de rota, minha palavra é a de que se volte ao primeiro amor do chamamento ao ministério pastoral e se mantenham nutridos o sonho e alegria de fazer tudo como que ao Senhor.
Erram os líderes da igreja local que trocam de pastores como se troca de roupa. Afinal, estão em busca de um pastor ou de um mercenário? Erram os pastores que mudam de igreja como que descontentes em busca de algo melhor. Afinal, são pastores ou mercenários levados pela melhor oferta?
Rev. Rodolfo é pastor da 1ª IPI de Londrina, PR
Canal: O Estandarte - Janeiro 2011
Enviado por: Portal da IPI do Brasil
Data: 26/01/2011
sábado, 26 de março de 2011
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Amar com ação.
Graça e paz a todos que nesta hora estão lendo esta mensagem.
Como pronuncio no título, amar é uma questão de ação.
Jesus deixou-nos um grande exemplo na parábola do bom samaritano, pois o judeu caído após ter sofrido um ataque por vândalos recebeu ajuda do samaritano que por tradição não tinha uma boa relação com os cidadãos judeus.
Quando amamos precisamos demonstrar com atitudes, pois temos visto muitas pessoas apenas vivendo de palavras, mas nas ações são como os fariseus. Sejamos como o samaritano que não olhou para a cor, raça, sexo ou religião daquele que estava caído e sim para o que dizia o seu coração, ame-o e ajude-o.
Que Deus nos ajude a compreende sua palavra.
Como pronuncio no título, amar é uma questão de ação.
Jesus deixou-nos um grande exemplo na parábola do bom samaritano, pois o judeu caído após ter sofrido um ataque por vândalos recebeu ajuda do samaritano que por tradição não tinha uma boa relação com os cidadãos judeus.
Quando amamos precisamos demonstrar com atitudes, pois temos visto muitas pessoas apenas vivendo de palavras, mas nas ações são como os fariseus. Sejamos como o samaritano que não olhou para a cor, raça, sexo ou religião daquele que estava caído e sim para o que dizia o seu coração, ame-o e ajude-o.
Que Deus nos ajude a compreende sua palavra.